AÇÕES

Resumo sobre:


Inventario do Cipó Imbé (Philodendron. Corcovadense Kunth.) em Garuva/SC
Marcio Ribeiro; Rodrigo Diego Quoos – Instituto Federal do Paraná
A Mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado de extinção no mundo, trata-se do bioma brasileiro com menor porcentagem de cobertura vegetal natural com apenas 7,8% de seus remanescentes, considerando a sua área original, que correspondia a 15% do território nacional e se estendendo por 17 estados brasileiros das regiões sul, sudeste, centro-oeste e nordeste. Dentre os seis biomas brasileiros, a Mata Atlântica possui uma importante parcela da diversidade biológica, ou seja, apresenta estruturas e composições florísticas diferenciadas, sendo considerado o mais rico dos biomas. O domínio Mata Atlântica é constituído por: áreas de tensão ecológica, floresta ombrófila densa,  floresta ombrófila aberta, floresta ombrófila mista, floresta estacional semidecidual, floresta estadual decidual, savana, savana-estépica, estepe, áreas de formações pioneiras (manguezais, restingas, campos salinos e áreas aluviais) e refúgios vegetacionais. Na região de Garuva/SC a intensa exploração dos recursos florestais provenientes deste bioma esteve associada à demanda energética das indústrias da região (Joinville e Curitiba), principalmente nas décadas de 50 e 60. Entre os usos não madeireiros de espécies na região da Floresta Ombrófila Densa, destaca-se com grande importância o palmito (Euterpe edulis), com um histórico de uso bastante intenso em toda região. Entre outros produtos estão as plantas medicinais como o cha-de-bugre (Casearia sylvestris), espinheira-santa (Zollernia ilicifolia), pau-oleo (Copaifera trapezifolia), pau-amargo (Trichilia sp.), os frutos do araca (Psidium cattleianum), do inga (Inga spp.), e bacupari (Garcinia gardneriana), plantas fibrosas como o cipo-imbe (Philodendron corcovadense), e ornamentais como a guaricana (Geonoma sp.), alem de diversas espécies de orquídeas e bromélias. Na região de Garuva o uso do cipó-imbé vem sendo tradicionalmente explorado há gerações, cerca de 200 famílias se dedicam direta ou indiretamente a extração e manufatura do cipó-imbé para artesanato. Essas comunidades tradicionais tem se levantado em busca do reconhecimento social, porque apenas após esse auto reconhecimento é que os mesmo poderão reivindicar os direitos aos quais possuem e tantos outros fatores que poderão fortalecê-los como cidadãos e seus relacionamentos com a terra, a natureza e etc. Para que esse reconhecimento surgisse fez-se necessário a organização social dos mesmos. Assim, os cipozeiros (as) e outras comunidades tradicionais, entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, deram o início oficial da organização conhecida hoje como MICI – Movimento Interestadual dos Cipozeiros e Cipozeiras dos Estados do Paraná e Santa Catarina. A pesquisa sobre o inventário da espécie P. corcovadense teve início no ano de 2011, constituída por uma equipe do Instituto Federal do Paraná campus Telêmaco Borba do curso técnico em Florestas. O inventário tem contabilizado as “mãezeras”, identificado as raízes maduras e verdes e quantificado através da medição do diâmetro a altura do peito (DAP) das raízes e da arvore hospedeira, além de identificar a localização da “mãezera” na arvore. Para a realização deste inventario florestal estão sendo utilizados os seguintes equipamentos: GPS Garmin Etrex Legend; Paquímetro; Fita métrica; Prancheta; Ficha de campo; Placas de alumínio; Fio de nylon. Na primeira fase da pesquisa foram feitos: reconhecimento à campo sobre a dinâmica e dispersão da espécie nos fragmentos florestais utilizados pelos cipozeiros e cipozeiras de Garuva. A projeto tem continuado quantificando por meio da amostragem este recurso renovável nas áreas de sua ocorrência. O principal objetivo deste momento é de produzir índices e dados técnicos que subsidiem o planejamento das ações do MICI, bem como de favorecer a conservação da espécie e a criação de uma Reserva Extrativista. Além disso, o projeto pretende inserir os alunos bolsistas no meio científico através de estudos bibliográficos e pesquisas in loco;        

          
Cuide  das florestas. Preserve vidas.
Os alunos do curso de Florestas e de Agroecologia unem forças em parceria com a prefeitura de Telêmaco com missão de recuperar área degradada na propriedade do Instituto Federal do Paraná na cidade. Juntos conseguimos bons resultados! Apesar da ação ter sido feita numa época de chuvas, o que causou desbarrancamento da curva de nível que tínhamos feito para conter uma voçoroca, ainda assim, conseguimos, pois a própria natureza foi se ajeitando depois do empurrãozinho que demos. Prova disso, é a boniteza e a quantia significativa de água que a nascente adquiriu posteriormente.
Ano Internacional das Florestas
     O Instituto Federal do Paraná - Campus Telêmaco Borba, através dos alunos do curso Técnico em Florestas em parceria com a prefeitura da cidade, coordenam atividades da Campanha de '2011-Ano Internacional das Florestas.'
     Este tema foi escolhido pela Organização das Nações Unidas em razão das ameaças de degradação e substituição das florestas naturais por monocultivos e empreendimentos diversos que de forma acelerada vem explorando e reduzindo nossa biodiversidade, provocando dramáticas mudanças ambientais e sociais em nosso planeta. Daí a importância de conscientizar sobre as funções social e ambiental das florestas nativas. Há 190 países debatendo e realizando ações dirigidas a conservação dos recursos naturais e dos povos que dependem dos ecossistemas florestais para sobreviver. O número estimado de pessoas que vivem e dependem de florestas é de 1,6 bilhões, e diante disso se tem a essência   dessa campanha, cujo lema é Floresta Para o Povo.
     Enfim, a campanha também será um ótimo momento para esclarecer à sociedade o verdadeiro sentido entre floresta e monocultivo arbóreo, para evitar aquele erro básico que as pessoas tem de achar que plantações homogêneas representam a complexidade ecológica das florestas.







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